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03 jul 2018

Orgulho de ser advogado

No dia 20 agosto deste ano a OAB de São Paulo abriu suas portas para que eu, um não advogado, pudesse falar sobre oratória judiciária. Fui recebido com muito carinho, atenção e cordialidade.

Ao fazer minha apresentação o Presidente Luiz Flávio Borges D’urso disse que a entidade estava em festa. Ressaltou que poucas vezes havia visto as salas e o auditório onde se realizava o evento totalmente lotados como naquela noite.

Disse ainda que o lançamento do meu livro “Oratória para advogados e estudantes de direito” marcaria a história da advocacia no país. Comentou que a OAB credenciava muitas iniciativas, mas poucas obras, e que o livro que estava sendo lançado naquela noite era a “Bíblia da oratória para os advogados”.

Eu ali, sentado à mesa de honra, ladeado pelos mais importantes nomes da advocacia do país, me beliscava o tempo todo para me certificar de que não se tratava apenas de um sonho.

Minha responsabilidade naquela noite estava quase acima das minhas forças. Sem exagero. Basta dizer que eu me encontrava na casa dos advogados, diante do seu presidente de um lado e de Edilson Mougenot Bonfim, um dos maiores oradores da história da promotoria pública, de outro. E se não bastasse, como eu disse, diante de uma platéia totalmente lotada de advogados das mais diferentes especialidades.

Falou inicialmente o presidente D’Urso, com o bom humor, a leveza e a graça que se transformaram em marca registrada da sua comunicação, encantando e alegrando a todos os ouvintes.

Em seguida se apresentou Edilson Mougenot Bonfim, que muitos estudiosos o comparam ao grande Roberto Lyra, enquanto outros afirmam que o jovem Mougenot Bonfim superou o mestre.

Como não poderia deixar de ser sua comunicação foi profunda de conteúdo e eloqüente na forma. Suas idéias, como dizia Pascal, foi uma pintura do pensamento. Com seus gestos, com a construção perfeita e acabada de cada frase, transportou para aquele recinto o quadro que estava em sua mente, para que o público pudesse apreciá-lo com todas as suas cores.

Imagino até que a platéia tenha ficado com uma enorme expectativa, querendo saber como eu me comportaria fazendo uma palestra depois da apresentação daqueles dois verdadeiros ícones da oratória.

Aquele foi um momento especial na minha carreira, pois não bastaria aplicar ali apenas o conhecimento da arte de falar em público que adquiri ao longo de mais de trinta anos, mas sim algo que pudesse superar a expectativa daquele público, composto por pessoas que chegaram a viajar cerca de mil quilômetros para participar do evento.

Eu me apresentei com o que julgo ter de melhor na minha comunicação – o amor, a paixão pela oratória. Mostrei aos advogados, que mesmo não sendo da área do direito sempre fui um apaixonado pela oratória judiciária. Por mais de trinta anos mergulhei nos discursos dos mais importantes advogados do Brasil e me tornei um admirador da sua competência na arte de falar em público.

Recitei longos trechos de discursos. Dei detalhes de julgamentos onde a oratória brilhou como a grande estrela. Apresentei material com falas dos maiores mestres da comunicação judiciária.

Foi um momento gratificante, em que pude apresentar não apenas o livro que havia escrito para os advogados, mas, principalmente, a forma como me dediquei nas últimas décadas ao estudo e à prática da arte de falar em público para o advogado.

No final, ouvi de alguns advogados e estudantes de direito que a minha palestra, revelando histórias e exemplos dos grandes oradores que brilharam nos tribunais com sua comunicação vitoriosa, tinha dado a eles motivo para que sentissem orgulho de serem advogados.

Nada pagará a alegria e a satisfação de ter ouvido esses depoimentos tão tocantes.

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