Serve um flip chart?
Reinaldo Polito
Apesar dos modernos recursos visuais disponíveis, o bom e velho flip chart continua sendo muito utilizado no nosso dia-a-dia
Numa época em que só se fala de power point, laser pointer e handheld, às vezes temos a impressão de que os outros recursos visuais já não servem mais. Entretanto, há um velho conhecido que, se não for o mais utilizado, seguramente está entre os primeiros na lista dos executivos em todo o mundo – o flip chart.
Praticamente toda sala de reunião ou de treinamento está “equipada” com um flip chart. E como, provavelmente, você já deve ter constatado, o sucesso do seu projeto ou do relatório gerencial pode depender da boa utilização desse simples recurso visual. Quando ministro cursos externos e passo a relação de recursos que vou precisar, é muito comum ouvir a seguinte pergunta: “serve flip chart?” Por isso, vale a pena dedicar alguns minutos a essas dicas e aprender como aproveitá-lo de maneira mais eficiente.
• Assim que chegar ao local da apresentação, verifique se o flip chart possui folhas suficientes e se os pinceis estão em condições de uso
• Posicione o cavalete em local visível para todos. Se for possível, dê uma volta pela sala e sente-se nas cadeiras posicionadas mais atrás. Esses cuidados possibilitarão que encontre a posição mais apropriada para ele
• Tenha o cuidado de escrever com letras grandes e fortes para permitir que todos leiam com facilidade. Evite escrever na parte inferior da folha, pois esta região apresenta dificuldade de leitura para as pessoas sentadas no fundo da sala
• Procure não falar enquanto estiver escrevendo. Acostume-se a falar antes e escrever depois, ou a escrever antes e falar depois. Lógico que esta regra não deverá escravizá-lo, mas fique sempre atento
• Cuidado para não escrever por tempo muito prolongado, pois poderá perder o contato com os ouvintes e comprometer o resultado da apresentação
• Produza visuais simples, de fácil compreensão e com frases curtas. Se sua letra não for muito boa, prefira escrever com letras de forma, que permitem traços mais firmes e legíveis
• Se você utilizar informações que exijam visuais muito elaborados, prepare-os antecipadamente para não perder tempo durante a apresentação. No caso de alternar a utilização de visuais preparados com antecedência com outros produzidos no momento da exposição, use dois flip charts, um para cada atividade
• Antes de mudar de assunto, se julgar que o visual já utilizado poderá distrair a atenção dos ouvintes, vire a folha sobre o cavalete
• Em ambientes amplos, se você não dispuser de outro recurso para melhorar a visibilidade, use dois flip charts, um ao lado do outro, como se fossem um só
• se for utilizar um visual em mais de uma oportunidade na mesma apresentação, prefira fazê-lo duas ou mais vezes a retroceder as folhas já viradas para encontrá-lo
• Procure destacar as informações importantes com cores diferentes. Reserve, no entanto, o vermelho para ambientes pequenos ou quando a tinta for bastante forte, pois, de maneira geral, é uma cor de fraca visibilidade. Se tiver de optar por duas cores prefira a preta e a azul
• Posicione-se de maneira a não precisar passar com freqüência na frente do visual para escrever – se você for destro , fique com a mão esquerda ao lado do cavalete; se for canhoto, a mão que deverá estar ao lado dele é a direita
• Escolha folhas grossas para que a tinta do pincel não vaze para a folha de baixo. Se não for possível e ocorrer o vazamento, vire duas folhas de cada vez
• Use o flip chart apenas em ambientes pequenos, para 50 pessoas no máximo. Em ambientes maiores prefira recursos que possam ampliar o visual